quinta-feira, 9 de agosto de 2012


O BARQUEIRO

 Um viajante ia caminhando em solo distante, as margens de um grande lago de águas cristalinas. Seu destino era a outra margem. Ele suspirava profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte, quando a voz de um homem coberto de idade, um barqueiro, quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realiza- da, era provido de dois remos de madeira de carvalho. Logo seus olhos perceberam o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, o viajante pôde observar que se tratava de duas palavras, num deles estava entalhada a palavra “acreditar” e no outro “agir”. Não podendo conter a curiosidade, o viajante perguntou as razões daqueles nomes originais dados aos remos. O barqueiro respondeu pegando o remo chamado “acreditar” e remando com toda força, o barco então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo “agir” e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, remou com eles simultaneamente e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago chegando ao seu destino, a outra margem.Simultaneamente é preciso “acreditar” e também “agir” para que possamos alcançar a outra margem do rio.

1 comentário:

  1. Oi, Ana Paula, com mais tempo lerei mais de seus escritos. Já me disseram que havia uma moça, da família Zeca, que escreve muito bem. Aposto que deve ser você mesma. Vou te adiconar ao meu blob.
    Geraldo Generoso

    ResponderEliminar