sexta-feira, 14 de setembro de 2012

TRABALHAR COM ALEGRIA

Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados uns dos outros. Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições. Todos que viviam ali trabalhavam na roça do senhor Mateus, dono de muitas terras, que exigia trabalho duro, pagando muito pouco por isso. Um dia, chegou ali um novo empregado, seu nome era José Antônio. Era um jovem agricultor em busca de trabalho. Foi admiti- do e recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali. O jovem, vendo aquela casa suja e abandonada, resolveu dar- lhe vida nova. Cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores alegres e brilhantes, além de plantar flores no jardim e nos vasos. Aquela casa limpa e arrumada destacava- se das demais e chamava a atenção de todos que por ali passavam. Ele sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda e os outros trabalhadores sempre lhe perguntavam como ele conseguia trabalhar feliz e cantando com o pouco dinheiro que ganhava. José Antônio olhava para os amigos e dizia que o trabalho era tudo o que ele tinha e que, ao invés de blasfemar e reclamar, preferia agradecer a Deus pelo trabalho, pois, quando o aceitou sabia das condições. Não seria justo que agora ficasse reclamando. Faria com capricho e amor aquilo que aceitou fazer. Os outros, que acreditavam serem vítimas das circunstâncias e abandonados pelo destino, olhavam para José Antônio admirados e não acreditavam que ele pudesse pensar assim. O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção do fazendeiro, que passou a observá-lo à distância. Ele refletia que alguém que cuidava com tanto carinho da casa que ele havia empresta- do, cuidaria com o mesmo capricho da sua fazenda. Para o senhor Mateus, ele era o único na fazenda que pensava como ele. E como já estava velho, precisava de alguém que lhe ajudasse na administração da fazenda. Num final de tarde, foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem,o cargo de administrador da fazenda. Com muita felicidade ele aceitou prontamente e seus amigos agricultores novamente voltaram a lhe perguntar, o que fazia algumas pessoas serem bem sucedidas e outras não. E o jovem José Antônio, agora um próspero administrador de fazenda respondeu-lhes com muita serenidade que em suas andanças, aprendeu muita coisa e o principal é que nenhum de nós é vítima do destino, pois, dentro de nós existe a capacidade de realizar e dar vida nova à tudo que nos cerca. Só que isso depende, única e exclusiva- mente, de cada um de nós.

Sem comentários:

Enviar um comentário